quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Segredos da vida animal

Aí num coiso que eu visito, levantaram-me algum restolho, por ignorância pura da vida animal, é a lei dos anteparos, há quem veja sempre pró mesmo lado, são doutores daquilo que aprenderam, mas vai-se a ver e quando se fala da natureza pura e selvagem, nickles, não sabem nada.

Põe-se me a perguntar se o assistente engenheiro ao acasalamento dos elefantes, não perturba o acto, não entendem o nosso papel e julgam que as elefantas, têm truques como as mulheres deles.

Já expliquei, que os elefantes não são rebaldeiros, estão é habituados à nossa presença e á utilidade da nossa ajuda. Não se trata de maionese a 3, mas a presença do técnico acasalador é importante.

O meu colega Marques das girafas (apareceu há dias na TV), terá a sua técnica, mas com os elefantes é assim, o assistente está ao lado do casal, num escadote, com um balde com óleo de palma e um varapau, Quando o elefante introduz o dele na elefanta, a gente, estica o varapau molhado em óleo de palma e esfrega-o no lombo do sexo do bicho, para ajudar a escorregar melhor.

Pergunta-se porquê, é que no Veráo o coiso deles seca e como estão em cativeiro, os preliminares são mais difíceis ( a elefanta está um bocado insonsa) por causa do espaço, então amanteigando o objecto, escorrega melhor na fêmea e o acto é mais Ok.

A pergunta que me colocam muito, é o que fazer quando as elefantas estão de trombas e não querem coisar. Lá está o desconhecimento da vida animal, é que as elefantas comportam-se sempre bem, desde que estejam com o fluído linfático em época (tipo cio mas para elefantas). Nunca têm têm dores de cabeça, nem estresso do dia de trabalho, de forma que levantam sempre o rabinho.

Além disso para elas macho é macho, tanto faz ser eu como o dr. Brad da menina Angelina, lá do cinema, (salvo seja claro), cheira a macho serve.

Era tão bom que fosse assim connosco, talvez a Hermínia olhasse menos para as diferença que há entre mim e o Freitas do talho, que anda nos halteres e canta o fado lá na sociedade.


Fica assim e até pró ano que seja bom e não esqueçam, usem muito o óleo de palma, aquilo é bom.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora o que interessa é o James Tobin

Eu não vi mas contaram-me que o meu colega Marques, o engenheiro das girafas, apareceu hoje na televisão a ser entrevistado.

Não vi, porque como estava de folga, fui às compras ao Paga-pouco e não sabia que iam lá ao jardim. Aproveito já para dizer isto, para não me confundir, com a pandilhas dos macacões que são muito finos para ver Televisão, que isso é uma coisa para o zé do povo ver, eles os macacões inteligentes, não vêm nada, passam a vida a estudar e a pensar, como é que nos hão-de educar.

Sabem tudo, estão a par das notícias todas, mas não vêem nada, alguém lhes conta.

Voltando ao Marques, ainda bem que apareceu, para que as pessoas saibam que nós existimos e que somos precisos, para que o jardim ande em condições.

É que agora ando mais entusiasmado com o James Tobin, por causa da "taxa tobin" sobre movimentações financeiras internacionais.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Dar um beijo à velha mãe

Pois é verdade já cá estou outra vez. Fui passar o Natal a Serpa, ver a velhota e os irmãos e dar um abraço ao chaparral dos amigos. A ceia à nossa maneira com o bacalhau e uma perdizes de escabeche que nos deu o Joaquim Cara d Anjo, que é caçador e amigo lá de casa.

O meu irmão Manel, que é doutorado em enfermagem auxiliar no Hospital de S.José , e que tem a alcunha do forreta, desta vez ofereceu à nossa velhota, um tanque novo de lavar a roupa.

Ficámos todos admirados, a pensar que lho tinham oferecido, ou saído nalguma rifa, que o Manel não é dado a grandes despesas e o tanque novo ainda é carote. Ele diz que não, que lhe custou um dinheirão e os olhos da cara.

A minha mãe, é simpática e muito nossa amiga, disse que tinha gostado muito da prenda, que lhe dava muito jeito.

Eu fiquei a pensar, que tinha sido melhor o Manel, em vez do tanque, talvez pudesse ter gasto o dinheiro numa coisa menos útil, mas mais bonita e pessoal, como um creme prós pelos do bigodito que ela vai tendo, ou assim qualquer coisa que fosse mesmo para ela.

Afinal, acho que dar ás mães, coisas para elas trabalharem mais, embora melhor não está bem, não se podendo gastar talvez seja melhor, dar-lhes um simples beijo, elas gostam.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Prenda de Natal da Hermínia

Quando fui aos anos da Hermínia, a porteira minha amiga, que falei ontem, comer um bacalhau com grão o vinho de cartão não sei quê da terra e um bolinho rei da época, foi uma grande farra, dançamos um bocado, contámos uma anedotas e fizemos uns planos.

Até veio a talhe da foice, falarmos do Natal, das coisas que gostaríamos de ter e até daquelas que nunca teremos.

A páginas tantas a Hermínia disse, que o que mais gostava de ter este Natal era uma daquelas coisas que vibram, para levar para a cama, quando se vai deitar. Foi um momento engraçado, porque ninguém esperava uma coisa daquelas. Muito embora na metade dos trinta anos e ainda solteira, foi uma revelação surprendente, de tal modo que, como eu sou o único solteiro do grupo, começaram todos a apontar para mim, como o principal candidato a satisfazer o desejo natalício da Hermínia.

O meu amigo Relvas, indicou-me um sítio para adquirir o produto pretendido e lá fui eu, Mostraram-me umas coisas que eu nem sabia que existiam, tinham lá um conjunto que dava para bombear o pirilau de borracha, para ficar à medida e uma cuecas que se derretiam quando ficassem húmidas, não sei se me entendem e outras para comer que custavam 10 € que sabiam a chocolate.

Embora não as tenha comprado, tive uma ideia prática para futuro, quando estiver no turno das 4 da tarde, visto as cuecas de manhã e quando chegar lá pelas 9/10 horas da noite, quando me dá sempre fome, como as cuecas, um galãozinho e estou despachado, eu até gosto de chocolate, pelo menos evito levar a lancheira lá para o Jardim.

Bom o bicharoco esquisito custava 40 €, fora as pilhas, de modo que resolvi o problema da prenda de Natal da Hermínia doutra maneira e mais em conta, fui à loja do chinês, comprei um relógio despertador por 5 €, daqueles que vibram e dá para por na mesa de cabeceira, quando ela for para a cama e lembrar à Herminia que se for preciso dar-lhe corda é só telefonar que eu apareço.

Além disso, fiquei a pensar, se essa coisa de oferecer pirilaus que abanam e cuecas para comer no dia do nascimento do menino Jesus, não será pecado.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ser pobre também tem vantagens

Dizem que o sr. belmiro da mercearia, o sr berardo dos vinhos e das pinturas, mais o dr. balsemão jornaleiro, estão mais pobres e se isso for verdade, é caso para dizer que os ricos também choram, coitados.

Coitadinhos deles, porque temos que perceber uma coisa que é bem verdade. Se eu apanho frio, e chuva quando vou trabalhar e tenho que me levantar ás 7 da manhã, fazer vigílias nocturnas aparar os pelos públicos da Laurinda, apanhar a caca do Adriano e meter o termómetro no anel anual da Xaxa, para ver se tem febre, nada disso faz mal, dizem que estou habituado, faz parte da vida, porque ao sr. belmiro merceeiro, fazem falta os milhões e custa mais quem tem muito passar a ter menos.

Ser pobre é hábito não faz mal, passar a ser menos rico é que é grave.

Os ricos habituam-se a certos luxos. Na terra deles, não se bebe tinto marca cartão, nem papel higiénico do Lidl, daquele que fura o dedo.

Isto para dizer que hoje estou um bocado cansado, deitei-me tarde, fui aos anos da minha vizinha porteira, que fez uma festinha para os amigos, alguns lá do clube. Cheguei à conclusão, que afinal mesmo com a vida a piorar e a tornar-se mais difícil, sempre vamos arranjando forma de nos encontrar e sermos amigos.

É caso para pensar que a pobreza é mais adaptável.

É a nossa vantagem sobre os ricos, porque não acredito, que sem dinheiro continuem a ser amigos. Ou fazem festas nos palacetes ou não tem capacidade para beber vinho de cartão, celebrando o prazer de estarem junto dos amigos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Estou farto das francelhas muito sinceras

Tenho uma vizinha que é um espanto, nem digo o nome dela, porque é muito conhecida aqui no Barreiro e eu não quero ser apontado como andar a falar pelas costas.

Vou chamar-lhe a D.Franca e não é por acaso.

É que aqui o meu coiso, chama-se estou farto deles e com excepção do Dr. Abrupto e da sua sacola de bajuladores, que acham muito fino, indica-lo nas suas preferência para atirar ao fino, como se estivessem muito interessados no Dulcissime vanus Homems ou noutras palermices que o senhor acha por bem coisar.

A bem dizer eu ainda não desenvolvi o meu desabafo dos macacões e das suas fêmeas, que realmente me chateiam.

Pois a D.Franca é uma delas, um exemplar pouco raro, para mal dos meus pecadilhos.

Faz parte do grupo dos francos, dos directos, aquela gente muito "sincera", que normalmente diz assim de si própria " eu cá sou muito franca, sou muito directa, digo logo o que penso na cara das pessoas".

Se fosse só isso eu até achava bem, mas é que não é. O que acontece, é que dizem isto para justificar o facto de serem mal educadas à vara larga, confundem frontalidade com má educação.

Além disso, são normalmente mentirosas essas pessoas, porque a frontalidade que apregoam, esquecem quando alguém as frontaliza.

Vêm a propósito o facto da D.Franca se ter zangado comigo outro dia quando com toda a frontalidade e sinceridade, lhe disse " A D.Franca fala tanto que ás vezes é mal educada para as pessoas"

Então não é que a francelha, se esqueceu que era frontal e directa ?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dr.Abrupto I'm sick of you

Não estão enganados, esta coiso não é o do Dr.Abrupto, embora aqui se respeite mais quem não sabe inglês e copianço por copianço, sempre se põe uma coisa dum português, para ser lida num coiso, que é dum português e alentejano baixo.





















0001-Sonho de menino

Lembro-me de uma aldeia perdida na beira,
a terra que me viu nascer
Lembro-me de um menino que andava sozinho,
sonhava vir um dia a ser
Sonhava ser cantor de cantigas de amor
Com a força de Deus venceu
Dessa pequena aldeia o menino era eu


E hoje a cantar
Em cada canção trago esse lugar no meu coração
Criança que fui e homem que sou, e nada mudou
E hoje a cantar não posso esquecer
aquele lugar que me viu nascer
Tão bom recordar aquele cantinho
e os sonhos de menino

Tenho a vida que eu quis
Nem sempre feliz mas é a vida que eu escolhi
Infeliz no amor, mas no fundo cantor
A vida deu-me o que eu pedi
Se eu pudesse a voltar de novo a sonhar,
faria o mesmo podem crer
E aquele menino eu voltaria a ser


(Tony Carreira)

Para morrer velho é preciso ser feliz, fichem isto

Hoje vinha no barco para casa, onde para me distrair e passar o tempo, aproveito para pensar. Vinha a magicar naquele senhor Oliveira filmotecário, que fez 100 anos e lembrei-me das tartarugas lá do jardim, pois acho que não temos lá nenhuma mais velha que o sr. Oliveira. o que aliás não admira, já que o próprio jardim nas Laranjeiras só tem mais 3 anos que ele.

As tartarugas são como ele e as pilhas Telecel, duram e duram, mas quando são pequenas precisam de um território demarcado e ao abrigo de correntes de ar, senão vão se embora. O sr. Manuel Oliveira também deve ter tido uma infância igual, sem correntes de ar.

Mas o que me preocupa hoje é a Xaxa a camelo, que está constipada e os bichos são muito sensíveis ao frio especialmente os camelos como nós que andam por ai a picar o boi (como diz a princesa saphou), sem sobretudo.

A Xaxa é praticamente minha filha sem ofensa para a Paty e para o Heitor, mas fui eu e o Veríssimo que a aparámos quando nasceu, vai para 10 anos. Ainda hoje lhe estive a limpar as patas e ela a ruminar, sem dizer nada, mas babava-se tanto que eu vi logo que estava feliz.

É isso mesmo, afinal, tal qual o sr. Oliveira, as tartarugas ou os camelos como nós e a Xaxa, o que precisamos é ser felizes, talvez seja a melhor maneira de vir a ser muito velho, fichemos este pensamento

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O dr.Cohen no jazz com a miúda Beat

Uma colega minha jardineira, mas muito mais instruída do que eu, o que vos garanto não é nada difícil, a culpa não é minha é do sistema, mas realmente o meu curso de quase engenheiro, lá na quase faculdade de Serpa tem algumas diferenças,( aprendi hoje na TV que é melhor dizer diferenças que handicap), e nas línguas é uma delas. Para falar com os animais não é preciso saber línguas estrangeiras, de modo que me fico pela de vaca

Dizia eu que uma colega minha, off-jardim, num comentário mandou lá esta prosa, que um tal Dr Cohen poemou, sugestionando-me a leitura, que dizia assim em inglês e tudo

The Beat scene was beautiful. It was live jazz and we were just dancing our hearts out for
hours on end, happy on very little. I mean we were living, most of us, on a shoestring. Yet, there
was always so much to go around, if you know what I mean. You know, there was so much energy
and sharing and inspiration and pure moments and quality times together on very little or no
money.

Como não sou de me enrascar, pus a prosa na máquina automática de traduzir e saiu o seguinte chouriço

O Beat cena era linda. Foi jazz ao vivo, e nós estávamos apenas dançar nossos corações para fora horas a fio, em muito pouco feliz.
Quero dizer que estávamos vivendo, a maioria de nós, por um cordão de sapatos. No entanto, há sempre foi tanta que ir por aí, se você sabe o que quero dizer.
Sabe, houve tanta energia e de partilha e de pura inspiração e momentos de qualidade e em muito pouco tempo juntos ou não dinheiro.

Ora bem, o que é que a Dr Cohen queria dizer (diz a minha colega que ele se inspirou numa entrevista dada por uma senhora do Sporting, uma tal Drª Verdal).

era que a a miúda Beat era linda, estavam a dançar, mas ela não estava a dar (pouco feliz). Depois de ter tirado os sapatos que estavam apertados, desapertou-se-lhe a língua, soltou a energia toda e foi uma festa até haver dinheiro.

É isso que eu digo cara colega, é tudo muito bonito, um fim de semana, dois, pode se ir até à praia um dia, umas sandochas no outro, uma caracolada ao fim da tarde, essas coisas que caiem bem e puxam ao romantismo e ao resto da couve (é uma piada drª. Mac) mas depois como é ?

Aí o Dr.Cohen tirou os sapatos do aperto e tudo bem na maior, mas e como é quando se têm os sapatos e tudo o resto do corpo e da vida apertados, o amor abana, não abana ?

Desde miúdo que ouço dizer, casa onde não há pão, nem o jazz com a miúda Beat se safa.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Coisas que são certinhas como a noite

Talvez por já estarem as ruas iluminadas, a verdade é que sonhei que era o Menino Jesus feito criança e acabado de nascer.

O importante não é isso, mas o facto de ter nascido num presépio de verdade, onde eu estava nas palhas deitado. Era de noite e ouvia-se aquela serenata linda do Dr. Iglésias.

Havia uma estrela que deitava muita luz e a meu lado em pé, com cara de sabichão o Mestre, sim Mestre Funes feito D.José. A minha mãe, olhava-me e sorria, com olhar de vaca terna e sorriso maroto, mas a luz era tanta que consegui ler na perfeição, num choupo de madeira estava escrito, Saphou, afinal eu tinha sido parido, pela minha princesa, ainda virgem segundo dizem.

Deu para ver, ajoelhado à distância o privada sanitária ajoelhado mais o seu porco sebento mas de barrete enfiado. Andava assim desde a última colheita do vinho doce, coitado, triste mas não quis faltar.

Assim como não faltou a Drª Mac e o seu molhinho de hortaliças e um grande hélas para mim, cada um dá o que pode e a mais não é obrigado.

O Dr. Jorge anda em exames lá no seminário e faltou assim como a Drª Alferes que devia estar de serviço, e Drª Blimunda que se perdeu lá pelo rio quadrado.

O Dr.Fedor ia botar discurso de rei, comprido e chato, para ninguém perceber e tomá-lo por bom, acabando com 3 poemas em alemão, para dar classe.

O Dr.Espírito Santo, abandonara por momentos o sexo indiano platónico, que durava há 2 dias e trouxe-me o ouro devidamente abalizado pelo governo, que depositou junto dos meus off-pézinhos.

Não consegui ver o rei Obama menos branco, parece que os outros o mandaram comprar tabaco à tasca do Adérito e estava atrasado

Um bafo quente aquecia-me o pescoço, sentia-o dum ruminante experiente, habituado a muitos papos e muita conversa profissional, sempre bom para embalar bébés, mesmo a mim filho do senhor Deus. Era um sopro Abrupto, como que a fazer-se boi forte ao lado da sua dama , que ruminava em silêncio, sempre sem mugir nada.

A Drª. Odete esvoaçava de braços abertos percorrendo todo o cenário, de asas bem alinhadas e túnica vermelha, chamava pela Luisa e não sei quê da calçada, confesso que achei um bocadinho deslocado. Já agora tinha preferido o "Ser benfiquista".

Lembro-me perfeitamente era um presépio sem burros, julgo por terem subscrito o programa das novas oportunidades.

De repente acordei, havia um camelo que queria entrar no meu sonho, mas como não cabia, por causa da bossa, estremunhei-me e zás, acordei.

Foi duro nesse dia, apanhar o barco para o Barreiro. Eu que estive quase a ser filho de Deus, com o Mestre e os outros doutores todos em adoração, afinal tinha que apanhar como todos os dias o barco do Barreiro e ir tosquiar os pelos púlpitos da Laurinda saguim.

Como diria a Drª Mac quando está com a metafísica em baixo, ele há coisas que são certinhas como a noite

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A gabardina vermelha da Drª Odete

Estava a ler o Correio no café, é o único que se pode ler à borla em qualquer café, a pensar na vida e na gabardina vermelha da Drª. Odete,que neste tempo de chuva, vem sempre à ideia porque aqueles senhores que passam pelas poças de chuva junto às paragens dos autocarros para molhar a pelintragem, normalmente não gostam da Drª Odete Santos, aquela senhora que também é actriz, recita poesia e zanga-se quando falam do Dr. Salazar.

Estava a ler a notícia, que aquele companheiro do glorioso, que é presidente de Sintra, vai vender um terreno à Dona da TVI, (que não usa gabardina vermelha como a Drª Odete), por 1000 €, uma beixeza bestial no preço, segundo dizem.

O companheiro Seara diz que só se pode vender depois de se avançar com o PIN que ele diz ser o Plano de Interesse Nacional.

(Se calhar a Drª Odete e eu pensamos que o que tem de avançar é o PIS o Plano de Interesse do Seara.)

Mas como o terreno é REN (Reserva Ecológica Nacional) diz o Drº Seara, tem que se avançar com o referido PIN, que pode ser PIS dizemos nós.

Tenho a impressão que o Dr. Seara, que é do glorioso Benfica, é capaz de não gostar do equipamento vermelho para a chuva da Drª. Odete e gosta de passar com o carro por cima das poças da chuva.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu sou bufo e faço trabalho sujo

Já toda a gente sabe que eu acho que se os meus macacos cá do jardim, soubessem ler até podiam parecer uns doutores.

Se a minha querida Laurinda ou o gorila Adriano, tivessem as aderido ao programa das novas oportunidade que o Prof.Dr.Engenheiro Primeiro Ministro José Sócrates, ou o engº Pinto de Sousa,( como lhe chamam os oposicionistas invejosos por não estarem no lugar dele) inventou para não seremos um país de burros, também eles podiam parecer cultos, como faz a maioria do pessoal, basta ir à net, consultar, fazer uma posta copiando para os respectivos coisos, o que lá vem e prontos, aí está, é tudo malta culta.

Eu assumo, mas o que eu quero hoje é fazer de bufo, eu sou um bufo indecente e lambe-botas do meu Mestre, porque reconheço que ele é culto, e ponho tudo no fogo, em como ele não é desses que vai à net copiar, as postas culturais que brotam lá no memorioso.

Irrita-me que ponham em causa as preferências do Mestre, se ele diz que é bom é porque é mesmo e apanhei aí este gajo a dizer isto.

Mestre, o gajo diz isto

E já que falamos de nevoeiros, seria interessante que alguém se atravesse a mostrar quanto nevoeiro há nos trabalhos de Pessoa e Jorge Luís Borges, para só citar esses.

Então não é que o gajo tem a distinta lata de de vir dizer que o nosso zarepa escreve no nevoeiro, mas que merda é esta ? e depois Mestre, desafia-o a atravessar-se , vamos a ele ?

E depois vai-se ao piela do Pessoa e trata-o como se ele fosse igual aquela senhora que copia os textos, a malfeitona que não sabe dançar, que foi casada com o Dr. que era da Expo, o Dr.Ferreira.

Diz o gajo com toda a lata

Agora o seu a seu dono: aquela frase de Pessoa tantas vezes citada, “a minha pátria é a língua portuguesa” não é do nosso poeta, mas de Walter Benjamin, que muita antes dele escreveu: “A minha pátria não é a Alemanha, mas a língua alemã”.

O que é que se faz a um gajo destes ?


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Vamos todos à Drª Cicciolina

Fiquei muito excitado, quando li no jornal que a Drª. Cicciolina, vem ao Porto, para um encontro, que ali vai decorrer entre 12 e 15 de Fevereiro.

Esclareço quem não sabe que a referida senhora, já foi deputada e portanto tem todo o direito, de ser tratada com respeito, já que habitualmente os senhores deputados se comportam, usando os privilégios da sua profissão, não vejo nenhum mal em que ela use os títulos de alguns deles, é troca por troca entre colegas.

Ultimamente tenho ouvido dizer que o Dr. Marinho e Pinto é um grande coirão, lá está o que eu digo, se usam os atributos profissionais da Drª Cicciolina, porque não pode ela usar os títulos dos outros ?.

O seminarista sr. Jorge C******, elucidou-me noutro dia, que seminário também pode ser um encontro de pessoas do mesmo ramo, para trocarem ideias e outras sensações da vida.

Como não julgo provável que a Drª Cicciolina vá entrar para freira, opto pela segunda ideia, é um encontro de colegas, para discutir ideias e projectos futuros.

Os médicos é que fazem muito isso, mas depois quem é que se enrosca no varão ? É algum otorrino ?. Quem é que é que tira a roupa ? São os cardiologistas ? Não, têm que ser as colegas e os colegas da Drª Cicciolina.

Ao menos no seminário deles, não vem ninguém de fora é a chamada self qualquer coisa ( a Drª Mac é que sabe).

Parece-me boa ideia organizar entre o grupo de amigos, do nosso Mestre Prof. Funes, uma comissão de recepção à nossa senhora. (Não sr. Jorge você desta vez não pode ir, pode entrar em pecado mortal. Outra vez vamos a Fátima, Ok?), fica pois aqui o rasto da ideia.

Ainda não sei ao certo o dia nem a hora da chegada, mas podemos ir todos, assim avisados com antecedência, por certo não haverá porco para matar, nem outras desculpas tótós.

Não é preciso marcar, nenhum sítio para comer, vamos todos para o hotel e depois logo se vê, combina-se uma festa surpresa, tudo em pijama e deixamos a imaginação rolar.

Hoje vou ficar curto, foi dia de trabalho técnico de campo, desemparazitar os camelos, que é um bocado cansativo, mas é o que a engenharia tem de belo este contacto com a natureza feita merda e piolho, enfim a vida.

Como diria a princesa saphou, nós temos dois eus dentro de nós, um deles detesta isto, mas o outro adora, que fazer ? São as epistemologias da vida.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Banco do Jardim é cegueta ou faz-se ?

Não se pense que a vida cá no Jardim é tranquila, não, é muito espinhosa, sobretudo porque todos nós que aqui trabalhamos, sejam os engenheiros do ambiente, especialistas em animais em cativeiro como eu, sejam os administrativos, o vendedor dos bilhetes ou os seguranças de noite, que são todos advogados zangados com a Ordem do dr. Pinto, (de quem eu gosto muito, tem uns tomates do tamanho dos do Abílio elefante e negros, acrescento eu).

O pior na nossa profissão, são os auditores e a entidade reguladora da vida animal, que policiam a nossa actividade.

Primeiro vêm os auditores, andam de jaula em jaula, a ver se está tudo em ordem, se a bicharada tem palha fresca, se tomam banho todos os dias, se o Abílio elefante tem os tomates limpos, enfim essa coisas.

Eles auditam e vêm tudo, ou digamos quase tudo, pois como já ontem disse, a jaula da hiena Helena, está sempre um nojo, mas ao que parece o Narciso deu uma nota por baixo da mesa ao auscultador e ficou assim, faz de conta que estava tudo bem.

Depois temos o orgão regulador, uma espécie de Banco de Portugal para todos os jardins, mas que também não vêm nada, não sabem nada e não servem para nada, parecem aquele trio de macacos, em que um tapa os olhos, o outro a boca e outro os ouvidos, criado nas Caldas e que eu já vi em louça.

Têm é sempre um presidente como o dr. Abrupto, que fala bem, mas não diz nada.


Dou como exemplo o facto do jardim ter uma águia fora da lei, no meu Benfica, uma ofshore, como dizem agora os jornais e o Banco do Jardim, não sabe de nada e nada faz, nem mesmo com a águia Vitória a esvoaçar, sempre que o Glorioso joga em casa.

É daqueles casos que só não vê quem não quer, como as mulheres que usam silicose nas mamas.

Vai uma suecada Dr.Abrupto ?

Como amanhã só entro à tarde, deu-me a insónia e como fiquei entalado com aquela coisa lá poiso do Mestre Funes, a empurrar a clientela para a leitura do sabichão do Dr. Abrupto, que não sei quê do Natal, mas que é o melhor do ano.

O sabichão do Dr.Abrupto, fez-me lembrar o que se passou no Recreativo hoje à tarde, com um tipo que era amigo ou conhecido, já não sei bem, do Cara d Anjo.

Normalmente ao domingo à tarde, junta-mo-nos por ali a beber umas cervejas, tremoços ou amendoins, de volta duma suecada.

Estávamos nisto joga não joga, diz o tipo para o pessoal "então e se jogássemos ao brige ?".

Brige ?!! ficou tudo naquela. Que é isso ? perguntou o Narciso ? É um jogo de cartas-respondeu o tipo- é o melhor jogo de cartas que existe.

O Cara d Anjo explicou que o tipo era embarcado na navegação comercial, um bocado viajado, de modo que aprendia essa coisas, porque lidava muito com gente endinheirada.

Bom lá explicámos ao gajo, que o pessoal gosta é da sueca, sem fazer sinais, e era mais para entreter.

Ficou assim, o tipo alinhou, jogou com o Caras e eu com o Narciso. Quando fomos a ver o peralta do amigo, era asneira a dar com um pau, o homem não percebia nada daquilo, levaram uma tareia que só visto, o Barroso (era assim que se chamava) era um nabo na sueca.

Estava eu a pensar naquela do Dr.Abrupto, quando me veio à ideia a história do Barroso e do Brige, muita prosápia, muita fachada que era o jogo dos jogos, não sei quê do leilão, coisa científica e vai-se a ver na sueca, era só para segurar as cartas, uma verdadeira nulidade.

Afinal muita palheta, com os jogo dos jogos, como ele dizia, mas não percebe nada daquilo que é simples

Depois pensei para mim, lembra-te lá Alvarito, de qualquer coisa que os Dr. Abrupto tenha feito de positivo e concreto cá pelo País, qualquer coisa, uma obra que se veja e nada, não me consigo lembrar de nada.

É só conversa, só Televisão, só jornais, enfim dizem que é modo de vida, mas para mim não é trabalho, são palpites, não vale nada sem obra feita.

É como o outro que diz na Televisão , vai mas é trabalhar

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A vida calma da macacada

Tenho andado a falar da minha Laurinda e acho que ainda não expliquei que se trata dum saguim-de-beiço-branco, que é como se fosse minha filha e da Manuela Moura Guedes, mas sem pintura nos beços,

Profissionalmente trato dela, em especial nestes dias em que andou prenha. mudava-lhe a fralda higienizadora e aparava-lhe os pelos lá da coisa, que o paridela não ia ser fácil, porque eram 3 crias e o veterinário cá da casa o Dr. Pedro andava rebeiçado com o problema.

É verdade muita gente não sabe mas a especialização em Animais em cativeiro, tem muito que se lhe diga, não é só perceber a psiquiatria do camelo amargurado, outras tarefas menos nobres, fazem parte do pé de meia, de qualquer formalizado em engenharia ambiental.

Como atrás disse ninguém se admire, falei em rapar os pelos da "coisa" da Laurinda, como posso falar amanhã na desinfecção do pénis do elefante Abílio que muito não sabem, se faz com uma esfregona, água oxigenada e um escadote.


A excitação do elefante, para a desinfecção da gola superior do prepúcio, mais conhecida como glande, é que é difícil, o badalo do dinheiro já não o excita como excitava o Dr.Oliveira e Costa, pelo que temos andado a experimentar a música, mas como depende das situações, ainda não temos um padrão certo.

Vamos agora experimentar aquela coisa que a Drª Mac gosta muito (e a peixada também), da menina Gynor, para ver se o elefante se excita, já que aos homens não faz efeito.

Ainda assim ao que o elefante reage melhor, é aquela coisa do Sr. Barreiros, chamada "Eu para mim cozinho"


Lá nasceram as 3 crias, mas 2 lerparam. só o macho se safou. Que é coisa que não faz falta nenhuma cá na aldeia, pois não servem para nada, não ajudam a tratar das crias, mijam esta coisa toda, cheiram mal dos sovacos e do coiso, que é para demarcar o território, comunicar o estatuto social e indicar a receptividade sexual.

Não quer dizer que cheire pior que no barco do Barreiro no Inverno e a gritaria é idêntica à dos Super Dragões, mas isso tudo é para chamar a atenção do femeeiro, onde só a fêmea chefe, como a minha Laurinda é que reproduz.

Ela atira com o fedor (nada a ver com o Dr. Fedor) para cima das outras que ficam inibidas de engravidar.


Tá bem tá, havia de ser assim com as mulheres humanas, com elas, é ao contrário se pudessem atiravam com o smel para o lado, para serem as outras a engravidar

Isto para explicar que não há nada que chegue à vida calma na Aldeia dos Macacos, sem os distúrbios que alguns macacões espalham por aí

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A nossa princesa voltou

Estava no meu canto, regando as hortaliças e de olhos nos patos, quando me bate à porta o Horácio, o meu grande amigo que emigrou para a América, também ele como eu, formado em Serpa, nos Ambientes, mas emigrou e dedicou-se a maus ambientes e tem uma seita de funcionários a trabalhar com ele lá no CSI.

Não trouxe a loira das balas, que desta vez não era precisa. O assunto quanto muito meteria caganita de carapau, pois ele correspondera ao meu pedido de ajuda e aí estava ele, pronto para responder ao meu apelo, para que se descobrisse a verdade sobre a estranha morte do carapau da Drª. Alferes.

Discretamente, já o elemento menos branco, da equipe do Horácio, havia investigado todo o habitáculo da peixada lá da garagem, do quartel da Drª Alferes, enquanto o outro espertalhão da equipe, inspeccionava o barbatame do resto da manada.

O Horácio não tinha tempo para mais, estava com pressa, diz que depois me relatava detalhes sobre o eventual crime, mas não tinha tempo para mais, estava convidado para a recepção a uma princesa, uma tal Drª Saphou, que o grande pensador contemporâneo Dr. Funes el memorioso estava preparando, com desvelo.

Uma princesa que havia deixado o reino, mas que deixara um sapatinho ao fugir.

Dr.Funes ficara em desespero, lançara éditos e trombadas por todo o lado, prometera alvíssaras e recompensas, subsídios de reintegração e prémios de produtividade a quem da sua princesa lhe trouxesse novas, mas népia, cambada de incompetentes, ninguém lhas trouxera, nem seu fiel escudeiro o fiel Lique de Carvalho, o satisfizera.


O homem da cerâmica privada o Conde Cola de Sapateiro e o outro o Jorge C. (a avaliar pelo seu último linguado lá no seu coiso penso que sei o que quer dizer o C.), ficaram loucos de prazer com a ausência da princesa, (problemas de sexualidade mal resolvida, o que se há-de fazer ?), enquanto as Dras mac e blimunda, ansiaram poder vir a substituir a princesa Saphou, no coração do Mestre.

Tudo em vão, eu que sou especialista em comportamento de animais em cativeiro (salvo sejam), percebi logo, o Mestre andava triste e inconsolável, enquanto isso lá do fundo dos oceanos o terrível senhor das Águas Fedidas, rejubilava de gozo, com a dor do nosso querido senhor.

Tudo passou, pelo seu pézinho, a nossa princesa voltou. Claro que eu não fui convidado para a recepção, não passei na prova escrita por falta de vírgulas e de conteúdo na prosa, disse a drª. Alferes e além disso não querem lá gunas, pensaram eles.

Eu que sou bonzinho mando daqui a minha mensagens a tão gentil princesa, que me cativou desde a primeira hora

ist sehr zu begrüßen, meine Prinzessin





quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quem matou o carapau da Drª.Alferes ?

Era tranquila a vida de criança na garagem da jovem Drª Alferes, onde quatro ladinas crianças, um dia, construíram o seu próprio aquário, era uma época de grande entusiasmo, mas a pouca experiência e o facto de, não poderem ao tempo, contar com a avisada experiência do jovem advogado pbl, também especialista em águas paradas e comentador atilado de poisos, mal afamados.

Resultou mal essa primeira experiência da juventude, ejaculação precoce, atestaria o Dr pbl, caso alguém lhe tivesse, perguntado alguma coisa.

Mas o gosto pela peixada, calou fundo no coraçãozinho ainda jovem da Drª Alferes, que já iniciara entretanto a leitura atenta do Guerra e Paz (já falta pouco para acabar) e assim que foi possível, que é como quem diz, logo que despachou umas contas aos primeiros clientes, foi ao Continente e comprou uma resma de peixinhos , dentro da respectiva embalagem, ou seja no aquárium (em romano puro).

Desta vez também não perguntou nada ao Dr.pbl (ainda não se conheciam julgo eu), mas a experiência aparentemente correu melhor. Alguns dos inocentes peixitos conseguiram resistir mais de 10 anos , de tal modo que a Drª, até instalou dentro do aquárium, um pequeno jardim com uma mesa e quatro cadeiras pequeninas, não fosse apetecer-lhes uma suecada (os peixes duma forma geral têm os requisitos intelectuais adequados, para poderem perceber como se joga a sueca ?

Basta seguir os comentários propostos, pela dona do referido rebanho piscícola, lá no blog da peixaria Aquarium, para se perceber, pelo enfado demonstrado nos comentários do especialista dono da casa, que a Dra Alferes, não percebe nada do assunto.

Pretendia a senhora acasalar o pescado, assim à balda no meio da gajada toda, que o Dr. pbl, claramente farto de a aturar, (por acaso na altura ainda lhe não fedia que a Drª Alferes fosse fêmea), rematou qualquer coisa parecida com "é pá tem juízo e vai mas é dar banho ao cão".

Arrebentou o pestanedo da Drª, com uma daquelas frases à craque

" Podia isolar um casal noutro aqua, (toma lá assim à romano)até porque tenho dois, um dos quais muito bonito, que daria bons peixes, mas confesso que não tenho nem tempo (querendo dizer-lhe ó filho desampara, ok ?) nem paciência para isso.

Mudas de água diárias, filtros de esponja, azul de metileno, eclosão de artémia, alevins"

Assim tomá lá e vai-te curar.

A Drª. Alferes aguentou-se à jarda, assobiou pró lado e vai muda de assunto, passa a perguntar ao Dr.pbl, pelos netinhos (em linguagem figurada claro) já que o Dr. pbl está à espera de ninhada fresca, aparentando imensa ansiedade, pergunta-lhe, para amanteigar


E a prol? Há fotos para breve? Logo que comecem a sair de trás do tronco?

O avô figurado, desta vez não tem esperança, isto está mal deve ser da crise "são sugados pelos filtros, são comidos pelos outros peixes, é o diabo ", embora "Nos primeiros dias de vida eles alimentam-se do muco do corpo dos pais" (Que grande nojo, digo eu ).

Veio então a frase reveladora, a confissão, o drama, Drª Alferes anuncia, friamente que o último peixe do seu defunto aquário (à portuguesa que aquilo devia ser uma merda)

Suicidou-se... saltou do aquário!

Ai eu disse ,

alto e para o baile, palavra que tinha lágrimas nos olhos. Então como é ?

Aquilo, não há espécie mais imbecil , (insisto na expressão da queixada misto Vale e Azevedo, Alberto João que têm todos ), que é impossível um peixe cometer um acto desses.

O suicídio é uma forma inteligente de morrer, logo um peixe não se pode suicidar.


Para despachar, ficou o aviso enfatuado (percebe-se) do Dr. pbl,

Uma tampa, homem, uma tampa.

assim como que acaba com o assunto, ele quis dizer (eh pá ganda nabo nem tapas o aquário)

Mas eu digo

Não, não passarão.

chamaria Hercule Poirot se fosse vivo para desvendar este mistério, (para mim é um mistério) como não está vivo, subo um degrau, vou até ao Dr. Moita Flores, um homem que fazia falta no coiso do Sr.Funes, pois ele, também sabe de tudo e manda palpites a tudo.


Se ele não aceitar vai o caso prá Judite e quero ver, se nem que seja à castanhada (São Martinho) a Drª Alferes vomita ou não tudo cá para fora.

Exijo a verdade, quero saber quem matou o carapau da Drª. Alferes ?


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vida atribulada dum pai com filhos nas freiras

Um problema que se pode colocar, a qualquer um de nós, que tenha putos em idade escolar, é deparar-mo-nos com a necessidade de ter que ir relatar à madre superiora do colégio onde anda o puto, um facto grave que tenhamos tido conhecimento.

Bom não é qualquer um de nós, é só a quem tenha putos nas freiras, o pessoal que tenha os miúdos na escola da câmara, não tem que se chatear com isso.

Saiba o que souber o melhor é passar ao lado , senão está feito. Tem que participar o assunto ao chefe dos auxiliares , antes de preencher o modelo 25 em triplicado, a entregar na secretaria, de forma que, quando chegar a ir falar com a directora de turma, já toda a escola sabe que o Rui é namorado do Jorge e até já fizeram um desenho, duma espécie de ferro em braza a entrar pelo cú do Jorge, segundo ideia criativa do Augusto, que ouviu o pai em casa a contar isso à mãe.


A directora de turma, diz que tratando-se de homossexualidade infantil o assunto, tem que circular pelo Ministério a começar pela Direcção Regional. Há só que aguardar que o referido departamento o convoque.

Não se pense contudo, que a vida dum pai, num colégio de freiras é fácil, porque também não é .

A reunião com a Madre Superiora, arranja-se num instantinho, ela não faz greves, nem tem papéis idiotas para preencher, é só esperar que ela dê uma voltinha completa ao terço, aquilo são umas 50 Avés Marias, 25 Pais Nossos e qualquer coisa mais quando se chega ao rabinho do terço, que eu não sei o que é.

Falando em rabinho, é mesmo isto que me traz cá Madre Teresa, (está provado cerca de 75% das madres são Teresas), chegou-me aos ouvidos que o Dinis e o Tomás não são crianças normalizadas.

-Não me diga sr. Álvaro , nós aqui somos muito selectivos como sabe ,para os meninos do Dr. Funes, até abrimos uma excepção, pois com esta coisa do Obama, tudo se modificou ?

-Não não é isso Madre Teresa, é que o Dinis e o Tomás não são sexualmente normalizados.

-Não estou a entender sr. Álvaro,

-Brincam com o pénis um do outro.

-O que é o pénis sr. Álvaro ?


Depois disto ainda julgam que é fácil, ter filhos no colégio de freiras

sábado, 8 de novembro de 2008

Querida mãe



Uma senhor que não se deu a conhecer, entregou-me uma carta sua que trazia a morada errada. É preciso ter cuidado, com isso, porque ás vezes a correspondência pode ir parar onde não deve e cair nalgum poiso mal frequentado.

Eu estou bem, agora meti-me aqui num assunto que eu depois explico devagarzinho para perceber melhor, mas que é assim um espécie de correspondência, mas sem carteiro. Quer dizer carteiro há, a gente é que não o vê, anda por aí dum lado pro outro a entregar correspondência, mas pelo que parece o homem desenrasca-se bem, porque chega sempre tudo a tempo e horas.

Tenho conhecido uma gente catita, tudo gente instruída, que fala línguas estrangeiras e sabem de tudo, ele é política, ela é literatura, filosofia, são todos doutores.

Então política internacional nem falar, estão por dentro de tudo, fazem previsões, citam este e aquele, verdadeiros sabichões, até lhe digo que sabem mais que o Dr. Berguilha, lembra-se ? era o que nós chamávamos ao Celestino farmacêutico.

Eles nem sabem o nome do presidente da junta de freguesia onde moram, mas conhecem o dr.Obama como as palmas das mãos. ( O Dr.Obama é aquele preto, sem nariz de batata que ganhou as eleições na América, contra a vontade do sr pbl mas vá lá mesmo assim safou-se)

Bem vistas as coisa até nem é preciso saber grande coisa, vai-se à internet (é onde mora o tal senhor carteiro), arranjam-se por lá uns nomes e compõe-se uma cartinha, que é uma maravilha.

Por exemplo, vou experimentar escrever uma frase à inteligente

Basta recorrer ao paradigma da mestiçagem de Gilberto Freire, para perceber de onde Obama é oriundo, um pouco à laia de Pamuk que encontrou novos símbolos para retratar o choque e o cruzamento de culturas.

Isto só quer dizer que o pai do dr Obama era um barrote negro do Quénia que engatou a mãe branca do dr.Obama, mas dito à fina.

Manda-se esta coisa pelo carteiro e pronto passa-se a ser conceituado.

Este grupo, é do melhor, gente bacana, também eles chefiados por um senhor que é monhé e veio de Moçambique, a quem chamam vice-Deus. É o senhor Funes, tem uma loja de mobílias que herdou do pai e gosta muito dum escritor zarepa o Zé Borges.

Esta coisa dos menos brancos a chefiar é que está a dar, havemos de falar aí na terra a ver se o Manel cantoneiro, sim o preto cabo-verdiano, quer ir para a junta.

Já sei que a mãe gosta muito do sr. Coissoró, mas ai para junta não pode ser, só se fosse pró lugar do Cavaco.

Ele agora está nas Caldas, reformou-se mas talvez o dr. António Costa aceite.

Adeus mãe, até um dia e cuidado com a morada que pões nas cartas, andam por aí uns anónimos que são de fugir.



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Crie o seu próprio peixe em casa

Esta coisa de ter uma peixaria em casa, para uso próprio ou para negócio não é nada fácil. Não tem nada que ver com a criação do porco, que é só varrer o prato da comida lá pró pardeeiro e já está, a atenção máxima requerida, é não deixar cair o relógio ou a dentadura, porque senão o porco come.

Um aquarius (assim à romana é mais chic) é diferente, convém o máximo asseio e ter o local muito iluminado e com muita verdura, não incluir folhas de couve ou alface e muito menos feijão verde, basta uma algas verdinhas e uma bandeira do Sporting.

Há várias possibilidade de criação, uma delas que chamarei espécie normalizada, só entrando a bicharada clássica e conhecida, não sendo bem-vinda quer a aquela peixada ordinária de cor menos branca, conhecida como peixe c* (que não serve para nada e só serve para estragar as redes), ou a segunda opção tentar o cruzamento entre espécies diferentes.

Recomenda-se para começar o cruzamento salmonete com um palmípede tipo linguado, mas mais pequeno, porque se a peixada sai à mãe não há instalações que aguentem, tente uma solha ou preferencialmente uma faneca, animais normalmente muito dóceis e meigos.

Para o efeito, deve reservar um ala do seu aquário, para o casal e deixá-los à vontade, baixando um pouco mais a tonalidade da luz, e colocar uma musica ambiente, (pode pedir-se emprestado no blogue O resto da couve, o detestável I will survive, mas os peixes parecem gostar).

Não esquecer de, nesta ala matrimonial providenciar a colocação duma pedra, para servir de encosto, senão a faneca escorrega e lá se vai o coito. Uma palmeira daquelas usuais nos aquários também não ficará mal para criar ambiente, afinal faneca é fêmea e sempre liga a esses detalhes

Se ao terceiro dia não obtiver resultados, pode diluir na água do reservado, meio comprimido azul de Viagra e o resultado não se fará esperar.

A ninhada aparecerá em pouco tempo, sob a forma duma nova espécie a que poderá chamar por exemplo salmoneca e que poderá observar no poiso, do nosso amigo pbl.

Não se iluda com o ar idiota do bicho, (peixe é peixe tem sempre cara de Vale Azevedo),muito menos com o tamanho. Não deve pois começar a imaginá-lo no forno rodeado de batatinhas, aquilo só lá vai frito, acompanhado dum arrozinho de tomate.

Se quiser comercializar o produto no exterior, a ideia pode ser interessante, arranje uma rede de tascas, uma carrinha de distribuição e pode ser negócio, fritada e um copo de três, ou então em menor escala a mesma fritada mas já com nomes porreiros em alemão, inglês ou francês.

Para um jeito em africadosulanês, (falar com Drª Saphou a única a original, cuidado com as imitações)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Afinal o homem é do Cáucaso

Em cada dia que passa fico mais surpreendido com as revelações que colho, lá no poiso, dos Srs. Lique Carvalho e Funes e duma sigla TR, que deve ser a marca patrocinadora.

Escreveu-me o Sr. Lique de Carvalho (Zekez é alcunha), relatando-me de forma muito simpática, que afinal o sr. Funes embora Moçambicano, era de origem asiática, salvo erro do Cáucaso.

Talvez por causa do sr. Funes ser muito pouco branco e excessivamente matizado de cor mais escura (vulgarmente conhecido por monhé) admiti que era de descendência paquistanesa, afinal segundo o sr.Lique é caucasiano.

Não tem qualquer importância, continuo a achar que é dever de todos nós normalizados, apoiar e proteger as minorias, sejam do Cáucaso ou do Paquistão.

Tudo o que seja minoritário e fraco deve ser protegido, assim como os velhos, as crianças, os cães abandonados e tudo o que mexa e tenha sangue vermelho a correr nas veias e crias pequenas.

Também se aprende muito naquele poiso, nas laterais, vinha agora uma coisa chamada "Citação Borgeana da Semana" e depois uma frase inteligente para por o pessoal a pensar e que dizia, "Louvado seja o pesadelo, que nos revela que podemos criar o inferno", com a indicação do autor um Borges, que se bem me lembro, assim de repente é um escritor zarolho, (tenho a ideia que também é surdo, mas não garanto).

Pensei pensei e cheguei à conclusão que ao contrário também fica bem "Louvado seja o inferno, que nos revela que podemos criar o pesadelo",ou ainda "Criado seja o pesadelo, que nos revela que podemos louvar o inferno" mas dito por mim é bosta, agora escrito por um escritor zarolho é do c.* "peixe preto que não serve para nada e só serve para estragar as redes de pesca"

Se é zarolho é bom escritor de certeza, já os coxos é mais para a música.

Aliás depois o sr. Funes mandou-me um texto esmagador do referido sósia de Medeiros Ferreira, e percebi tudo, fechei o círculo, afinal o Zé Borges, também escreveu uma receitas caseiras e foi lá que o amigo Funes bebeu aquela da bosta de búfalo e outras porcarias que lá vêm referidas.

Se calhar vou aproveitar a crise, para comprar as obras completas do Zé, pode ser que venham a ser subsidiadas como soporífero.


Aliás este poiso* é um espectáculo, indiquem-me lá outro sítio por aí, onde possamos ler coisas tão interessantes como a Lei da Semana, hoje com o excitante tema

Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Exclui da zona de caça municipal Os Mirones da Natureza II vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Carregueira e Pinheiro Grande, município da Chamusca (processo n.º 4499-AFN)

*Esclareço que o título do meu poiso, não tem nada que ver com o blogue, nem com os comentadores que aqui refiro, estes são todos bestiais. Estou farto é e doutras melgas, de que ainda não falei

Por favor cuidado com os menos brancos

Eu não tenho feitio para andar a fazer queixinhas e a bufar sobre coisas que leio nalguns sítios por aí.

Vem a propósito dum que tenho visitado, que é escrito por um senhor Moçambicano, que me parece negociar em mobílias e é menos branco, quase nada digamos.

Pois a gente que visita o local, não se cansa de o martirizar, com comentários com frases assim de meias tintas (agora fui eu sem querer), e piadas de mau gosto como por exemplo, insinuar que se o Obama ganhar as eleições na América, pelo menos faz contraste, estão a ver a ideia, Casa Branca presidente, pouco branco, enfim coisas de mau gosto.

Além disso o senhor, como é natural, tem aqueles rituais antigos, lá do Paquistão. Coisas da sua cultura, como banhos em bosta de búfalo e de porco.

Nem queiram saber o gozo que foi, não sei quê do vice-Deus, chicotadas com arbustros, que o senhor recusou porque se há coisas que aquela religião defende é a conservação da natureza.

Eu tento dar-lhe apoio e coragem para prosseguir a sua caminhada, mas francamente incomoda-me ver uma quantidade de doutores, à volta dele gozando com a sua fragilidade.

O sócio dele e médico de família, também colabora no poiso, é mais discreto e sempre de fugida, (deve ser hábito que lhe fica da profissão) e deve ser por causa dele que o tal senhor pouco branco, não sai de lá

Por favor cuidado com a forma como falam dos menos brancos, repito, eles também têm sangue vermelho nas veias como nós e lágrimas salgadas e filhos pequenos, essa coisas todas que as pessoas normalizadas como nós têm.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Prontos já tenho um blogue

Já tinha ouvido falar, nesta coisa dos blogues, de modo que me decidi a ver como é que isto funciona.

Comecei a circular por aí e até encontrei coisas interessantes e algumas até reveladoras de como são os portugueses.

Encontrei um blogue com coisas giras, até bastante original onde o autor referia alguns dos seus amigos e acabava com uma frase original dizendo

"Além disso, há muito mais de catorze dias que nenhum deles se purifica com bosta de búfalo, Senhor"

Chamou-me a atenção e fui ler os comentários dos referidos amigos. Alguns confirmava que se purificavam com bosta de búfalo, outros de porco.

Percebi então que o autor era moçambicano e preto, segundo o próprio, os amigos idolatravam-no chamando-o de vice-Deus, concluí então que havia por ali um ritual qualquer.

Fiquei logo fã daquele local.

No dia seguinte voltei lá, havia uma trapalhada qualquer com uns arbustos, mas não aprovado, pelo dito guru.

Depois é que foi a surpresa maior, o tal vice-Deus preto ausentou-se e os seguidores entraram no disparate. Como tinha lido que o blog era do tal negro e de mais dois tipos, escrevi o seguinte comentário

O XXX ausentou-se ? mas isto não é colectivo não seria suposto que o Carvalho o substituísse ?

Par onde foi o Carvalho então ?

O secretário do tal preto da bosta não tem entrada aqui ?

Foi o bom e o bonito, salta-me uma das apaniguadas e numa de inteligente começa a escrever-me em inglês.

Que dobrasse a língua, os referidos eram o Dr. Carvalho e o Dr.XXXX e além disso o Dr.XXX era afro-lusitano e não o preto da bosta.

Percebi então que o grupo que tão bem se conhecia, devia ser um grupo de médicos, provavelmente do mesmo curso ou se calhar do mesmo posto de atendimento da Previdência.

Tinha realmente dado barraca, afinal o tal senhor afro-lusitano que não era preto da bosta, só poderia ser monhé.

Fez-se me luz, moçambicano e tudo só poderia ser monhé, para mais com aquele apelido tão invulgar, provavelmente filho de comerciante de mobiliário, que tanto se esforçara para ver o filho médico e eu para ali sem respeito a tratá-lo sem o respectivo título.

Enganei-me outra vez

A senhora, amiga do monhé, que afinal é negociante de mobílias, já me respondeu e tive sorte desta vez, porque a senhora é trilingue, podia até fazer ali uma salada em alemão, que eu ficava à rasca, eu que tenho costela de alentejano só podia responder "Ta bém abelha".

Confirma-se tudo afinal o Dr.Carvalho é que é mesmo médico a sério, deve ser só amigo e cliente da loja de mobílias e parece que só lá vai ao sábado.

Dei barraca pronto, esqueci-me que os portugueses ligam imenso a essa coisa dos títulos, tão envergonhado fiquei que nem digo o nome do poiso.

Prontos agora já tenho um blogue, agora já posso ser o Dr. Álvaro