segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Prenda de Natal da Hermínia

Quando fui aos anos da Hermínia, a porteira minha amiga, que falei ontem, comer um bacalhau com grão o vinho de cartão não sei quê da terra e um bolinho rei da época, foi uma grande farra, dançamos um bocado, contámos uma anedotas e fizemos uns planos.

Até veio a talhe da foice, falarmos do Natal, das coisas que gostaríamos de ter e até daquelas que nunca teremos.

A páginas tantas a Hermínia disse, que o que mais gostava de ter este Natal era uma daquelas coisas que vibram, para levar para a cama, quando se vai deitar. Foi um momento engraçado, porque ninguém esperava uma coisa daquelas. Muito embora na metade dos trinta anos e ainda solteira, foi uma revelação surprendente, de tal modo que, como eu sou o único solteiro do grupo, começaram todos a apontar para mim, como o principal candidato a satisfazer o desejo natalício da Hermínia.

O meu amigo Relvas, indicou-me um sítio para adquirir o produto pretendido e lá fui eu, Mostraram-me umas coisas que eu nem sabia que existiam, tinham lá um conjunto que dava para bombear o pirilau de borracha, para ficar à medida e uma cuecas que se derretiam quando ficassem húmidas, não sei se me entendem e outras para comer que custavam 10 € que sabiam a chocolate.

Embora não as tenha comprado, tive uma ideia prática para futuro, quando estiver no turno das 4 da tarde, visto as cuecas de manhã e quando chegar lá pelas 9/10 horas da noite, quando me dá sempre fome, como as cuecas, um galãozinho e estou despachado, eu até gosto de chocolate, pelo menos evito levar a lancheira lá para o Jardim.

Bom o bicharoco esquisito custava 40 €, fora as pilhas, de modo que resolvi o problema da prenda de Natal da Hermínia doutra maneira e mais em conta, fui à loja do chinês, comprei um relógio despertador por 5 €, daqueles que vibram e dá para por na mesa de cabeceira, quando ela for para a cama e lembrar à Herminia que se for preciso dar-lhe corda é só telefonar que eu apareço.

Além disso, fiquei a pensar, se essa coisa de oferecer pirilaus que abanam e cuecas para comer no dia do nascimento do menino Jesus, não será pecado.

7 comentários:

jg disse...

Mas que pouca vergonha e falta de imaginação a de andar a comer cuecas e a oferecer vibradores...
Resolva lá isso com umas boas chupadelas num Pai Natal.
De chocolate!!!!

saphou disse...

Álvaro, coma as cuecas de chocolate, já que este é rico em flavonóides. Mas não as use primeiro. Iac!

Rafeiro Perfumado disse...

Por momentos pensei que os teus amigos dissessem que eras tu o objecto que vibrava. Chato era se te tentassem meter as pilhas... ;)

Abraço, bom Natal!

Blimunda disse...

Ó Engenheiro, que vergonha! Não comprou o coiso porque custava 40 €?!!! Já imaginou quanto lhe vai custar as deslocações a casa da Hermínia de cada vez que ela precisar de si para dar corda ao despertador?! Ainda por cima estando ela na metade dos trinta anos e ainda solteira. Vai ser lindo vai...

Álvaro disse...

Dr Jg
as cuecas era um extra, uma ideia que me deram lá na loja. Nunca comi um pai-natal.

drª saphou
flavonóides ? tenho que ir ao dicionário.

Rafeiro
por acaso é verdade, que os amigos me atiram prá Hermínia, e eu bem que vibro com ela. mas ela diz que somos só amigos.

drª blimunda
ela mora no prédio ao lado, não querendo ser bringela o que eu quis dizer é se ela precisasse de corda, não o despertador, me chamasse

Adérito, o tasqueiro disse...

Por acaso acho que o despertador foi um boa ideia. Além de ser mais barato, pode ter outras utilidades.

Um óptimo Natal, Álvaro.

Saudações Tasqueiras ;)

mac disse...

Álvaro, a Hermínia certamente percebe que é mais valioso para passar a noite um amigo a quem se possa telefonar que um coiso com pilhas. Há montes de coisas que a gente não conhece em montes de sítios mas na verdade o que nós queremos é sempre o mesmo: malta porreira.

Um Bom Natal e um Ano Novo cheio de coisas e coisos novos e cheio de amigos, tanto antigos como novos.