quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Bem cotados serão os pobrezinhos no reino dos céus



A gente põe-se a comer o que não deve e depois é o que é, andei com uma basculação intestinal que nem dá para contar, porque não há tempo.

A vantagem é que há mais tempo para ler o correio da manhã e ficar a saber as últimas, que normalmente até nem são as melhores.


Ele há coisas que a gente lê 3 ou 4 vezes e fica na mesma e depois até se pergunta " Ó Alvaro como é que é ?".


Se por acaso, eu fosse pedir dinheiro ao banco para comprar um carro e se por engano o banco mo emprestasse, é claro que eu teria que o pagar, para aí em 5 anos.

Por mero exemplo, vamos pensar que o carro vale 1000 e eu tenho que pagar 50 por mês ao banco.

Segundo me dizem, no dia em que tiro o carro do standar ele desvaloriza logo, de modo que ao fim dum ano ele já só vale para ai 600, digamos.


Se eu não perder o emprego e não for maluco nas contas, continuarei a pagar os mesmos 5o ao banco até ao fim e não acontece mais nada.


Passando ao cherne da questão, de ler ler e ficar na mesma, é o caso do dr. Bernardo, que é madeirense e colega do outro(o mais branco) que referi na posta anterior.

Diz no jornal que ele pediu emprestado um barril de dinheiro aos bancos para comprar ações doutro banco, parece que pediu 1 milhão de € para compra 1 milhão em ações.


Vai não vai, a crise atacou e os referidos papéis passaram a valer só 160 mil e vai ele ai jesus que estou feito e não posso pagar a prista do empréstimo.


Como o Bernardo é o Bernardo e não sou eu, os bancos disseram-lhe "é pá deixa lá, que isto entre nós resolve-se, pagas mais tarde". Aquilo parece que era uma quadrilha de bancos e resolveu-se tudo a bem.


O que me faz confusão é tentar pereceber o que é que a desvaloração das acções tem que ver com o pagamento do empréstimo que ele pediu, do mesmo modo que a desvaloração do carro eventualmente meu, não tinha que ver com o pagamento que teria que fazer mensalmente.


Se eu pagaria o carro, retirando o valor dos meus rendimentos, igualmente o madeirense Bernardo, teria que pagar o empréstimo dos rendimentos dele, ou não ?

Até perguntei ao Mendes, que é um gajo bom em contas, (tirou o antigo curso comercial e tudo), se não tinha razão no meu racionamento.

Ele disse-me "É pá ó Álvaro, não vês que a ideia era o gajo depois pagar o empréstimo com a venda das ações que entretanto valorizavam"
mas se fosse assim retrocedi eu o gajo ficava sem as ações na mesma, ganhava era a diferença entre o que lhe tinham custado e que tinha vendido.

Era um possibilidade, admiti, mas hoje afinal a confusão foi total, quando li que gang (de ganânciosos) tinha mais 9 nomes, que também não podem pagar o que pediram emprestado, porque queriam ganhar posição no banco BCP.


Então as ações afinal não eram para vender, eram para guardar ?

Cá para mim, o que os gajos querem é mama, o negócio deixou mas foi de lhes interessar, andam a ver se mamam na teta, e se o Estado dá uma esmolinha.


Eu é que estariaa lixado, se não pagasse os 50 euros ao banco, ainda bem que isto é só uma eventualidade.

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