terça-feira, 21 de abril de 2009

Desenrascanço


(cagadeira modelo pbl)

Parece que os toscos dos ingleses, cuja a língua é tão apreciada, pelos coisos distintos da malta inteligente e culta, afinal tem problemas.

Estava a ler o jornal lá na cantina do emprego, e dizia que eles não sabem dizer "desenrascar".


Dizem que o exemplo de desenrascanço é usar o cabide para apanhar as chaves do carro, que caíram na retrete, ou um bigode arranjado de emergência com pêlos públicos.

Embora eu não esteja a ver muito bem, para que é que serve, arranjar um bigode com pentelhos, supondo que se os segurasse-mos com cola-tudo, poderiam aguentar todo o dia, já percebo que tirar as chaves do carro da sanita com um cabide, pode ser mais necessário, ainda que se possa ter acabado de largar o sargentão na louça.

Essa do cabide pode não ser a melhor solução, porque as chaves podem escorregar e voltar a mergulhar mais fundo e se passam a goela da cagadeira está tudo estragado, adeus chaves.

O melhor processo é usar a luva de lavar a louça, enfiar a mão na javardisse e tirar as chaves, pronto, é mais seguro.

Estou a imaginar um diálogo pelo telefone, entre um casal de ingleses ou entre dois escritores de coisos vaidosos, o que vai dar ao mesmo.

-Ela-My dear I Dropped the keys down the toilet
-Ele-So what did you do?
-Ela- (atrapalhada por não saber dizer desenrasquei-me) I ... I..
-Ele-(ele mais atrapalhado ainda por não saber dizer não te desenrascaste ?) But ... but ...
-Ela- I put my hand in a bag
-Ele-Oh ! Oh! my dear what a sick
-Ela- I puted on a glove
-Ele-Then you.. you ... you (sem palavras por não saber desenrascaste-te )


(depois eu rectifico o diálogo, quando as minhas amigas o "desratizarem" )

terça-feira, 14 de abril de 2009

La propreté et la saleté

Disse a minha amiga Bli, para eu não dedicar tanto tempo à Herminia, porque as mulheres precisam de respirar, mas o que é que se há-de fazer, eu é que tenho problemas respiratórios, por causa dela. É que quando estou ao pé dela, ando nas nuvens e tenho o gás todo, quando estou longe, falta-me o ar.

Falando nela, aproveitei esta época pascoal e levei-a comigo ao Alentejo, para a apresentar à minha mãe. Até me pareceu que a velhota gostou dela, porque me disse "Ó filho e ela trata bem de ti ?". Eu acho que ela trata muito bem de mim, mas lá tive que dizer à velhota que ainda só somos namorados e que de qualquer maneira isto hoje já não é como no tempo dela, as mulheres não têm que tratar de nós.

Lá me confessou depois que a Hermínia, tem um ar muito asseado, que segundo a minha mãe, é um dos maiores elogios que ela pode fazer a alguma mulher, em especial se forem eventuais noras.

E nesse caso quanto à Hermínia, asseio nem se fala, calculem que até toma banho todos os dias, que não é preciso para nada, diga-se, mas o seu pescoço pode lamber-se e as orelhinhas também, porque sabem a alfazema e a jasmin. Nada que se pareça com algumas mulheres que lambi e que cheiravam a cebola e alho, isto para não falar do sovaco ou doutros locais mais íntimos, umbigo incluído.

Para falar em asseio ou na falta dele, a verdade é que até me zanguei com o Albertino, um colega meu lá de terra, que foi meu companheiro de escola primária e que quando fui ao café lá na aldeia, resolveu dizer "Então ó Álvaro andas a fazer uma porcarias com essa gaja que veio contigo ?"

Claro que eu não gostei, porque a Hermínia não é uma gaja, isto é, é gaja, mas é também a minha Hermínia, o meu amor.

Estranho é esta coisa das limpezas, na cabeça das pessoas, a minha mãe quer que ela seja asseada o Albertino desejou-me que ela fosse porca.

terça-feira, 7 de abril de 2009

C'est le temps de la fleur d'amour*

Agora é que eu estou mais liberto, sei que houve muita gente que pensou por aí que eu tinha fugido com a Bli, mas é mentira, foram as actividades culturais lá de Recreativo, com a noite de fados e o serão de poesia.

Lá a noite de fado popular, ainda esteve concorrido, muita gente presente e fadistas a fazerem bicha para cantar, quase que andavam ao estalo, por causa de quem tinha chegado primeiro, mas depois lá deu para todos, só podiam era cantar 2 fados cada um.

O serão de poesia é que foi pior, só apareceram 10 pessoas, contado com a família da D.Arminda que é professora primária e que ia recitar umas coisas, ora ela levou o marido, as 2 filhas e o genro, quase que podia fazer a récita lá em casa, que era quase o mesmo. Leu poemas muito lindos, dum tal dr. Boto ou Souto, que eram muito bons, do sr. Pessoa, aquela freguês do martinho da arcada e da menina Florbela que escreveu uma letra para o Represas cantar.

Disseram que era por causa da bola, jogava o Benfica e as pessoas não trocavam o glorioso pela cultura.

É o que eu digo, quando joga o Benfica para tudo, parei eu uns dias e a cultura no sábado.

Hoje fui jantar com a Hermínia, fomos fora, assim uma coisa mais íntima. Comi um peixinho grelado que foi o que ela pediu também, embora francamente tenha ficado com o olho na feijoada de chocos.

Estive quase para pedir mas lá pensei que não era romântico, estar a comer feijoada ao pé dela , para mais eu não resisto e gasto sempre duas ou três carcaças por causa do molho.

Ando muito feliz. aquela mulher é um encanto, gosto tanto dela que até nem resisti e qundo veio o menos branco das flores comprei-lhe 7, uma por cada dia da semana, de todas as semanas que eu quero passar com ela na minha vida inteira.

Ela ficou surpreendida drª Mac, pelo menos vi-lhe aquela coisa do brilhinho nos olhos, talvez tenha sido a princesa saphou que fez uma reza por mim, lá no bruxo que ela secretaria.

* Dá logo outro ar aqui ao coiso, mesmo que só diga asneiras, n est pas ?


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Être avec les anglais

Já está todo preenchido o programa das festas lá do Recreativo, que como tenho relatado, me tem dado também muito que fazer, mesmo lá com a folga da Hermínia por causa do Benfica, tem sido uma grande trabalheira.

Eu peguei nas palavras da Bli e disse-lhe que havia outras jogadas, mesmo com campo em más condições, podíamos jogar no pelado, acrescentei eu, já que a relva estava impraticável, mas ela disse que ainda agora tínhamos começado e que tínha que se fazer tudo com muita cautela, para não nos aleijarmos.

Não insisti, mas francamente fiquei com a ideia que ela ficou a pensar que eu estava a falar, num número arriscado, tipo fazer trapézio no candeeiro da sala, ou paraquedísmo do guarda fato.

Pois amanhã já lá vou jantar e tudo, depois se tivermos tempo havemos de falar nisso e já agora vou-lhe dizer que temos que nos esmerilar, porque vai de volta, ninguém nos considera, vou lhe dizer, que quando isso voltar a acontecer para dizer que "être avec les anglais", em vez dessa coisa lá do estar com o Benfica.

Falando em paraquedas, estou chateado aqui com o meu corretor ortopédico, que eu pedi me pusessem aqui no computador, que eu pensava, percebia alguma coisa de português moderno e afinal está todo baralhado, se eu escrever ator como deve ser, o gajo mete aquela linha vermelha por baixo da palavra, se eu escrever actor à moda antiga diz que está bem e não dá erro.

Não há dúvida que a única coisa boa que há em vermelho é o Benfica, o resto é só proibições e impedimentos

Como é que fazem as minhas amigas doutoras, continuam a escrever com erros ?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Não tenho o dom da umbigalidade

Nunca estive tanto tempo sem escrever nada aqui no meu coiso, mas também é verdade que nunca estive tão feliz na minha vida. Tenho é pouco tempo para escritas, porque esta coisa da Hermínia me ter dito que namoros tudo bem, mas cada um na sua casa, nada de trapinhos juntos, faz-me andar numa roda viva, entre a casa dela a minha e o Recreativo, onde estou a preparar a semana cultural.

Não tenho aquela coisa da umbigalidade, que era conseguir ter o referido umbigo, ao mesmo tempo na minha casa na da Hermínia, no Recreativo e no Jardim, ando sempre a correr dum lado para o outro e como quem muitos burros toca algum há de ficar para trás, optei por deixar para trás o Mestre e o cão pulgento, que há que tempos não vou lá.

Ao que parece vou ter uns dias de folga, que a Hermínia disse-me que não me queria lá em casa entre sexta-feira que vem e quarta seguinte por causa do Benfica.

Eu que até gosto tanto do glorioso.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Até o molho dos caracóis me soube a mel

Em verdade se diga que hoje nem me cabe um feijãozinho na cavidade anal, Era para ter acabado ontem o programa cultural para o Recreativo, mas nem tive cabeça.

É que ontem convidei a Hermínia para irmos ver o Barreirense contra os Pescadores da Caparica e ela aceitou, depois levei-a comer os caracóis e no fim não é que ela me disse que aceitava namorar comigo, mas desde logo com uma condição cada um viver em sua casa, pelo menos nos primeiros tempos.

Não resisti, mesmo na cervejaria, agarrei-lhe na mãozinha, tirei-lhe o alfinete dos caracóis e beijei-lhe os dedos, dizendo "Hermínia amor da minha vida, vais ver que não te arrependes". Nem mesmo me arrependi de sentir o molho dos caracóis nos beiços, que é coisa que eu detesto, mas a culpa é minha fui tão rápido que ela nem teve tempo de tirar a mão.

Disse-me também que tinha decidido não aceitar, aquela coisa de aparecer nua, no calendário da recauchutadora e que o fazia por mim, porque sabia que eu não era suficientemente evoluído para aceitar isso, mas pronto, sacrificava a sua possível carreira de modelo, por mim, porque eu era bom rapaz.

Fui deixá-la a casa, porque me disse que estava um bocado cansada, e eu com coração aos pulos fui para a minha casa e já nem fui capaz de acabar o escrito para o Mendes.

Amanhã peço-lhe desculpa, mas o Mendes têm que perceber, que a cultura é muito bonita, mas o amor é o alimento da vida e eu andava cá com uma fomeca.



sábado, 14 de março de 2009

Até o Mestre nos dá musica

Já vi que aos fins de semana, em muitos dos coisos, não há nada de jeito para ler.

O Mestre, chega a esta altura, enfia-lhe uma musiquita e prontos, está a andar. Vamos ao da Bli e tomá lá disto. O sr. futuro padre C*,
resolve o assunto assim.

Não sei porque será que isto acontece, a menos que as pessoas aproveitem quando estão nos empregos para fazer as postas para os coiso, durante a hora do patrão.

Cá por mim não posso, é o problema de tratar dos animais, ando sempre a bulir.

Embora também possa ser por outra razão, é que há pessoal que tem a vidinha toda tão organizada, que reserva a noite de sexta-feira para sexuar, chegam ao coiso metem musiquinha, sempre com artistas estrangeiros, que é para ficar bem e seguem pró sexual, ficando com esta obrigação resolvida a outra logo se vê se corre bem.

Eu como sou solteiro, como se diz na Finlândia, yksittäinen, tenho tempo quase todos os dias, ou por outra, estou livre para sexuar, todos os dias da semana



Como isto parecer também ser fino, vou por uma musiquinhas das boas, que eu dedico à Herminia