quinta-feira, 26 de março de 2009

Não tenho o dom da umbigalidade

Nunca estive tanto tempo sem escrever nada aqui no meu coiso, mas também é verdade que nunca estive tão feliz na minha vida. Tenho é pouco tempo para escritas, porque esta coisa da Hermínia me ter dito que namoros tudo bem, mas cada um na sua casa, nada de trapinhos juntos, faz-me andar numa roda viva, entre a casa dela a minha e o Recreativo, onde estou a preparar a semana cultural.

Não tenho aquela coisa da umbigalidade, que era conseguir ter o referido umbigo, ao mesmo tempo na minha casa na da Hermínia, no Recreativo e no Jardim, ando sempre a correr dum lado para o outro e como quem muitos burros toca algum há de ficar para trás, optei por deixar para trás o Mestre e o cão pulgento, que há que tempos não vou lá.

Ao que parece vou ter uns dias de folga, que a Hermínia disse-me que não me queria lá em casa entre sexta-feira que vem e quarta seguinte por causa do Benfica.

Eu que até gosto tanto do glorioso.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Até o molho dos caracóis me soube a mel

Em verdade se diga que hoje nem me cabe um feijãozinho na cavidade anal, Era para ter acabado ontem o programa cultural para o Recreativo, mas nem tive cabeça.

É que ontem convidei a Hermínia para irmos ver o Barreirense contra os Pescadores da Caparica e ela aceitou, depois levei-a comer os caracóis e no fim não é que ela me disse que aceitava namorar comigo, mas desde logo com uma condição cada um viver em sua casa, pelo menos nos primeiros tempos.

Não resisti, mesmo na cervejaria, agarrei-lhe na mãozinha, tirei-lhe o alfinete dos caracóis e beijei-lhe os dedos, dizendo "Hermínia amor da minha vida, vais ver que não te arrependes". Nem mesmo me arrependi de sentir o molho dos caracóis nos beiços, que é coisa que eu detesto, mas a culpa é minha fui tão rápido que ela nem teve tempo de tirar a mão.

Disse-me também que tinha decidido não aceitar, aquela coisa de aparecer nua, no calendário da recauchutadora e que o fazia por mim, porque sabia que eu não era suficientemente evoluído para aceitar isso, mas pronto, sacrificava a sua possível carreira de modelo, por mim, porque eu era bom rapaz.

Fui deixá-la a casa, porque me disse que estava um bocado cansada, e eu com coração aos pulos fui para a minha casa e já nem fui capaz de acabar o escrito para o Mendes.

Amanhã peço-lhe desculpa, mas o Mendes têm que perceber, que a cultura é muito bonita, mas o amor é o alimento da vida e eu andava cá com uma fomeca.



sábado, 14 de março de 2009

Até o Mestre nos dá musica

Já vi que aos fins de semana, em muitos dos coisos, não há nada de jeito para ler.

O Mestre, chega a esta altura, enfia-lhe uma musiquita e prontos, está a andar. Vamos ao da Bli e tomá lá disto. O sr. futuro padre C*,
resolve o assunto assim.

Não sei porque será que isto acontece, a menos que as pessoas aproveitem quando estão nos empregos para fazer as postas para os coiso, durante a hora do patrão.

Cá por mim não posso, é o problema de tratar dos animais, ando sempre a bulir.

Embora também possa ser por outra razão, é que há pessoal que tem a vidinha toda tão organizada, que reserva a noite de sexta-feira para sexuar, chegam ao coiso metem musiquinha, sempre com artistas estrangeiros, que é para ficar bem e seguem pró sexual, ficando com esta obrigação resolvida a outra logo se vê se corre bem.

Eu como sou solteiro, como se diz na Finlândia, yksittäinen, tenho tempo quase todos os dias, ou por outra, estou livre para sexuar, todos os dias da semana



Como isto parecer também ser fino, vou por uma musiquinhas das boas, que eu dedico à Herminia





quinta-feira, 12 de março de 2009

Já tenho um corretor ortopédico

Pronto acabou-se com o corretor de erros instalado e o dicionário, o melhor amigo do homem antes do cão e depois da Hermínia, a meu lado, já nunca mais vou dar erros de português. Tenho a certeza absoluta, até porque vou apresentar ao Mendes o meu programa cultural para no próximo mês de Abril, fazermos nos dias 3 4 e 5 inclusive, lá no Recreativo.

Estou a mastigar as ideias que as minhas amigas Mac, Bli e Saphou me deram e a bem dizer estou em acabamento final, nos detalhes minuciosos, que estou a fazer por escrito para entregar ao Mendes o máximo no domingo, para ser tudo planeado em antecipação.

Sexta-feira dia 3 de Abril, tem que ser vamos abrir com um sarau fadista vadio, pois sei que todos são unânimes em gostar disso, dá receita ao bar, pede-se à D.Felisberta que faça uma panela de caldo verde, arranja-se alguém para assar o chouriço, (do Nobre bem entendido), a organização serve à mesa e eu arrecado o dinheiro das contas finais, porque senão já sei como é.
, é que há (estava-me a escapar o h ) sempre alguém que se abotoa com algum e como eu é que fui da ideia sou eu que controlo o esquema.


Não que me agrade por aí além esta ideia, porque já sei, lá vem o fadista do talho a quem a Hermínia ofereceu uns patins, meter uma fadistice do fado vadio juntamente com os outros lá do bairro, mas não posso evitar a sua presença, a menos que tenha uma caganeira ou outro biscate qualquer e não possa comparecer pessoalmente.

Como disse uma das razões porque meti o corretor dos erros também é porque tenho que fazer uma carta convite e de apresentação dos festejos aos sócios e depois anexar junto à carta o programa das festas e era chato a coisa ir imbuída ( também tenho que arranjar uma palavras finas para dar ficha) de erros.

Agora é que dou valor ao meu colega Sócrates, imagino o que ele não tem de escrever, para fazer o programa das festas do governo para os atos eleitorais. Faço votos que ele também tenha um corretor ortopédico lá no computador dele e já agora que não seja um Magalhães, para que segundo ouço dizer não seja pior a ementa que o cimento.


domingo, 8 de março de 2009

Devemos homenagear as mulheres

Acabei de chegar a casa, porque hoje houve um almoço alargado lá no Recreativo, para festejar o dia das mulheres. A princípio, pensou-se em fazer um jantar, mas amanhã é dia de trabalho de maneira, que ficámos pelo almoço. Em boa verdade também, porque, a principal cozinheira, tinha que ir para casa fazer o jantar ao marido e como o Benfica joga ás oito e picos e ele gosta de jantar, antes do jogo começar, não dava jeito ser à noite.

A D.Felisberta tem mão para a cozinha, mas aquilo é um equipa a sério, 4/5 amigas que dão um despacho enorme, umas descascam batatas, outras lavam o chispe, os enchidos e as couves, de maneira que chegaram lá ao clube pelas 10 horas e à uma estava tudo à mesa e sentados éramos aí umas 60 pessoas e tudo gente que come bem.

Foi pena a D.Carolina não ter podido ir, porque o marido não deixou, (não gosta de fessurices) disse ele, porque ela faz uma lulas à sevilhana que é um primor.

Enquanto jogávamos umas cartitas ou ao dominó, para passar o tempo elas revezaram-se a pôr a mesa e depois a lavar a louça, que aquilo até impressiona, a capacidade organizativa das mulheres, se fôssemos nós não faltaria, havia louça partida, mas com elas é impressionante, nem um copo deixaram cair.

Fiquei um bocado chateado, porque a Hermínia não foi, disse-me que não alinha nessa fantochadas, não tem nada que haver dia da mulher, acha que isso é o mesmo que dizer que as mulheres não são iguais aos homens, até é degradante disse ela e pronto (desde que coloquei um corrector passei a saber que é sem s) não foi.

Pensando melhor ela é capaz de ter razão, mas é verdade o que seríamos nós sem as mulheres, se calhar nem tínhamos tido almoço.




quarta-feira, 4 de março de 2009

Não deixam jogar o Mantorras(Do not leave to play Mantorras)

Como eu me dou bem com toda a gente, e sou ótimo a lidar com animais, o meu vizinho d0 2º esquerdo veio pedir-me para servir de intercalar com a D.Matilde, a viúva do Dr.Guimarães, que aparentava ser advogado, mas que morreu há dois anos, assassinado por um cigano, que detestava concorrência.

A questão era simples, o meu vizinho têm um gato chamado Mantorras, que ele apanhou na rua abandonado e coxo, razão porque se lembrou de lhe pôr esse nome.

Que eu fosse pedir à D.Matilde que tem uma gata, se ela deixava acasalar a gata dela com o Mantorras, porque lhe parecia que o bicho andava triste e com cara de murcho, pediu-me ele, porque eu percebia disso acrescentou. Por acaso fiquei sem saber se ele queria dizer que eu percebia de gatos, de quecas, ou de caras murchas, já que como se sabe, ando um bocado macambúzio.


Ora como até falo bem com a senhora, encontramos normalmente na leitaria aqui da rua ao fim da tarde, quando tenho folga ou horário sem ser o do TPM, enquanto ela deglute (já tenho o meu amigo dicionário comigo) sua bola com creme, mais um galão morno e eu me fico pela bica curta em chávena fria,

Foi hoje o caso, apanhei a senhora a jeito e perguntei-lhe pela disponibilidade dela e da gata para a respectiva queca. Ela ao princípio não estava a perceber o que eu queria dizer, disse-me que ainda era viúva fresca e não estava aberta a tal coisa.

Esclarecido o meu intento honesto, ela lá percebeu e uma vez identificado o Mantorras garanhão, respondeu-me que nem pensar, porque ele era um rafeiro e a sua gata s Soraia, tinha pé de gri e que qualquer queca(ela disse acasalamento) com rafeiro, estragava-lhe o aparelho reprodutor e depois ficaria sem valor.

Por acaso não entendi muito bem, porque razão a doença dela na patinha, poderia incompatibilizar a relação com o pirilau do Mantorras e muito menos com futuras maternidades da Soraia, a menos que o Mantorras fosse gato de andar nas noitadas, sem se saber.

Voltei para casa triste, mais uma vez não tinham deixado jogar o Mantorras, mas a vida é assim, não está nada boa para rafeiros.

terça-feira, 3 de março de 2009

Lanço aqui um rapto ás minhas amigas

Esta semana é uma daquelas difíceis tipo TPM, (Trabalho Pela Madrugada), que obriga a trocar a vida toda, mas os animais não podem ficar sem assistência, é o destino dos engenheiros, sempre acordados a tomar conta dos animais .

Esta semana já vai ser melhor, até dará para ir passando lá pelo Recreativo Desportivo e Cultural Fabril, que por acaso é uma das coisas que gosto de fazer.

Nem de propósito, provavelmente por causa do meu canudo, o presidente Mendes convidou-me para tomar conta da cultura lá do Recreativo, uma espéce de lugar como o da Doutora Hilária e o Dr. Obama na América.


Disse-me o Mendes que já que sou da agricultura, seria o tipo indicado para fazer umas coisas lá no clube. Até me lembrou que ficava bem organizar umas noites de fado que seria bom para a receita, ou um campeonato de sueca que agradava ás massas.

Eu disse-lhe que ia pensar e que depois lhe apresentava o pograma da ações culturais para este ano.

Vim para casa a pensar e achei que o melhor era perguntar às minhas amigas mais queridas, (já não há cá doutoras para ninguém porque somos amigos) Bli, a Mac e a princesa Saphou, a quem lanço já o rapto de me ajudarem a construir o plano cultural para Recreativo.

Ajudam-me ou não ?